Você já se pegou no espelho, exausta e talvez até à beira das lágrimas, pensando: “Eu não estou fazendo isso direito”? Se a resposta for sim, saiba que esse sentimento é mais comum do que imaginamos. A pressão para ser a “mãe perfeita” pode ser avassaladora, e muitas vezes nos sentimos insuficientes, falhando em atender às expectativas – nossas e dos outros.
A maternidade é uma jornada linda, mas também desafiadora e, por vezes, solitária. Em meio a fraldas, noites mal dormidas, birras e a infinidade de decisões a serem tomadas, é fácil se perder em autocríticas e na sensação de que não estamos à altura da tarefa. Mas a verdade é que a perfeição é uma ilusão, e a sua suficiência como mãe não reside em atender a um ideal inatingível, mas sim no seu amor, na sua dedicação e na sua tentativa constante de fazer o seu melhor.
A Sombra da Insuficiência na Maternidade:
Essa sensação de não ser “boa o suficiente” pode se manifestar de diversas formas:
- Culpa constante: Por trabalhar demais (ou de menos), por não ter tanta paciência quanto gostaria, por não preparar refeições “perfeitas”.
- Comparação com outras mães: Acreditamos que todas as outras mães têm vidas mais organizadas, filhos mais comportados e mais tempo para si mesmas (o que geralmente não é a realidade completa).
- Exaustão emocional: A pressão de “dar conta de tudo” leva ao esgotamento mental e emocional.
- Autocrítica severa: Cobramos de nós mesmas um padrão irrealista, alimentando sentimentos de frustração e inadequação.
Um Olhar Através da Ficção: “Minha Mãe Virou um Monstro”
Para nos ajudar a refletir sobre esses sentimentos complexos, quero apresentar um livro que, embora tenha uma abordagem lúdica, toca em pontos muito importantes sobre a experiência da maternidade: “Minha Mãe Virou um Monstro” de Joana Hofer.
Nessa história, acompanhamos um menino que, em um dia de frustração, imagina sua mãe se transformando em um monstro. A narrativa, com ilustrações expressivas, explora as emoções intensas que podem surgir na relação entre mãe e filho, os momentos de irritação e como, por trás de uma “aparência” mais severa, reside o amor incondicional.
Por que essa leitura pode ser relevante para mães que se sentem insuficientes?
- Identificação: Muitas mães podem se identificar com os momentos de frustração e exaustão que levam à “transformação” da mãe na história.
- Validação de sentimentos: O livro mostra que é normal sentir raiva, cansaço e até mesmo se sentir “monstruosa” em alguns momentos. Isso ajuda a quebrar o ideal da mãe sempre calma e sorridente.
- Discussão em família: A leitura pode ser uma oportunidade para conversar com os filhos sobre as emoções de todos, mostrando que é normal sentir diferentes coisas e que o amor permanece.
- Leveza para um tema sério: Através de uma linguagem acessível e divertida, o livro aborda um tema delicado, permitindo uma reflexão mais leve e menos culpabilizante.
Encontrando sua Suficiência:
Lembre-se, a maternidade não é sobre perfeição, mas sobre conexão, amor e crescimento mútuo. Permita-se errar, peça ajuda quando precisar e celebre as pequenas vitórias. Você é suficiente porque você está presente, porque você se importa e porque você ama seus filhos.
Para saber mais sobre o livro “Minha Mãe Virou um Monstro” e onde encontrá-lo, você pode acessar

Compartilhe nos comentários: Em quais momentos você mais se sente desafiada na maternidade? Como você lida com a sensação de não ser “boa o suficiente”? Sua experiência pode ajudar outras mães!